Responda agora: o seu comportamento é moldado de acordo com as expectativas dos outros?
Talvez você diga que não, mas a verdade é que, em algum momento das nossas vidas, acabamos sendo encaixados em expectativas daquilo que esperam de nós.
Duvida? Eu te mostro!
Em quantos papéis tentamos nos encaixar para que não nos sintamos desconfortáveis, esquisitos, defeituosos, ruins, fracos ou decepcionantes, que muitas vezes ocupamos um papel que não é nosso?
Quer um exemplo? Quantas vezes você tentou passar um imagem que não era sua para conseguir aprovação do seu chefe ou de algum colega de trabalho? Ou na vida pessoal: o que você já vez para ser aceito em um círculo de amizade? Ou para conquistar aquela pessoa que fazia seu coração bater mais rápido? E, mais: quantas vezes aceitou caber “em um lugar” que não era seu só para agradar os seus pais?
Eu sei, é difícil não se deixar levar pelas expectativas que as outras pessoas pensam ou criam a nosso respeito. A verdade é que qualquer ação, mudança que tentemos fazer nos vem à mente o que os outros dirão ou pensarão a respeito.
Agradar os outros: problema ou solução?
Mas, qual é o mal em agradar? Nenhum. O problema acontece quando, na ânsia de construir relações harmoniosas e estar em paz com todos, anulamos as nossas próprias vontades. Às vezes, para agradar, passamos por cima dos nossos interesses e negligenciamos até as nossas necessidades mais fundamentais.
É importante ressaltar que ao mesmo tempo que construímos relacionamentos com os outros, também temos a tarefa de construir a nós próprios. Como conciliar essas duas tarefas?
Através do autoconhecimento!
O caminho do autoconhecimento
O autoconhecimento, um processo que jamais termina porque somos todos, uma “obra em progresso”, é a chave para conseguir diferenciar entre o que é nosso, legítimo desejo (de ter ou não ter filhos, de escolher uma determinada profissão, de casar ou continuar na solteirice) e a “obrigação” de preencher expectativas dos outros (pais, amigos, a própria sociedade).
As expectativas impostas são um fardo pesado. Quando nos submetemos a elas tentando agradar os outros para sermos amados e reconhecidos não conseguimos nos sentir felizes, porque estamos traindo a nós mesmos. Por exemplo, quantas mulheres legitimamente não desejam ter filhos, mas acabam engravidando porque são pressionadas pela crença de que a mulher só se realiza pela maternidade, pelo desejo do companheiro ou de sua própria mãe que quer ser avó? Quantos jovens entram na universidade para preencher expectativas da família para que escolham uma determinada profissão que não corresponde ao seu legítimo desejo?
É libertador desprender-se dessas expectativas para escolher o que realmente faz sentido para nós, mesmo que seja completamente fora do convencional.
E é o autoconhecimento que proporciona essa CLAREZA! Proporciona ainda uma sensação de liberdade muito intensa. Traz autorresponsabilidade também, pois nós somos responsáveis por cuidar de nós mesmos (lembre-se, você pode pedir ajuda!) e demanda esforço olharmos e despertarmos partes de nós que deixamos adormecer. Ao mesmo tempo, vejo como um processo lindo de (re)conhecermos e nos apropriarmos de nós mesmos, de rasgarmos as caixas que nos aprisionavam e nos manifestarmos no mundo a partir do nosso lugar e não do lugar em que os outros quiseram nos colocar.
Talvez algumas pessoas não queiram nos acompanhar nesses novos caminhos por eles não se encaixarem mais em suas expectativas, essa seleção pode acontecer de maneira leve talvez nós escolheremos novas companhias para seguir viagem e por força maior outras pessoas deixaremos guardadas no coração – e está tudo bem! A vida é feita de ciclos, de chegadas e partidas. Nós somos capitães de nossas embarcações e sempre poderemos escolher para onde navegar e onde queremos nos ancorar. Essa é a força da nossa pura essência!
Essa é a mudança que a clareza proporciona!
E agora que você já sabe de tudo isso, me responda: Como seria se você não se importasse com a opinião de outras pessoas? O que você faria de diferente?
Eliana Garrocini
Coach & Luz
